Marcas chinesas de automóveis no Brasil: Por que BYD, GWM e Chery estão dominando o mercado
Descubra como as marcas chinesas estão dominando o mercado brasileiro marcas como BYD, GWM e Chery estão superando montadoras tradicionais com carros elétricos, tecnologia avançada e preços competitivos.
ELÉTRICOS NO BRASIL
10/23/202515 min read


O mercado automotivo brasileiro vive uma reviravolta: marcas chinesas, há pouco consideradas exóticas ou de nicho, passam a ocupar posições de destaque, registrando crescimento acelerado e participação cada vez maior nas vendas de carros novos. Modelos como os produzidos pela BYD e GWM já são vistos com frequência nas ruas, e outras montadoras chinesas estão se preparando para chegar oficialmente ao Brasil. Dados recentes indicam que essas marcas superaram a marca de 10% das vendas de carros de passeio nacionais — algo impensável há poucos anos.
Mas por que esse fenômeno está ocorrendo? Qual o impacto para consumidores, para a indústria nacional, para o bolso de quem vai comprar carro? E quais são os modelos, tecnologias e desafios que essas marcas enfrentam no Brasil de 2025?
Neste artigo completo, vamos explicar:
O cenário atual e os números das marcas chinesas no Brasil.
As principais marcas chinesas ativas ou em entrada no país.
O que estas marcas oferecem em termos de tecnologia, preço e vantagem competitiva.
Desafios, como infraestrutura, percepção de marca e pós-venda.
O que o consumidor deve avaliar ao considerar comprar um “carro chinês”.
Perspectivas para 2025 e além.
Se você estiver pensando em trocar de carro ou simplesmente quer entender a “invasão” chinesa no setor automotivo brasileiro — este guia da Montrex vai te dar tudo o que você precisa saber.
O cenário das marcas chinesas no Brasil
Participação de mercado e crescimento rápido
Nos últimos anos, o avanço das marcas chinesas no Brasil saltou de discreto para expressivo. Por exemplo: entre janeiro e agosto de 2025, as marcas chinesas já registravam cerca de 11% de participação nas vendas de carros de passeio novos no país.
Em 2024, foram vendidas 125.624 unidades de veículos elétricos e plug-in híbridos no Brasil — um crescimento de quase 140% sobre o ano anterior. Desses, as marcas chinesas têm participação dominante.
Além disso, as buscas online por “carros chineses no Brasil” aumentaram mais de 50% em um único ano (março 2024 → março 2025). A BYD liderou com +134% nas buscas, seguida pela GWM com +88%.
O que explica esse crescimento
Entre os fatores que explicam esse crescimento acelerado estão:
Preço competitivo combinado a boas especificações técnicas — especialmente em veículos eletrificados ou com recursos de conectividade. Exemplos de estudo mostram que marcas chinesas conseguem ofertar EVs por valores mais baixos que concorrentes ocidentais.
Estratégia de entrada agressiva no Brasil, com importações, parcerias e planos de produção local. A marca GWM, por exemplo, prepara fábrica em Iracemápolis (SP) para produzir modelos híbridos e elétricos no curto prazo.
Mudança no perfil do consumidor: maior aceitação de elétricos e híbridos, necessidade de inovação e desejo de novas tecnologias elevando o interesse por marcas “novas”.
Rede de concessionárias em expansão, comunicação digital forte e campanhas de marketing que ajudaram a construir confiança no consumidor brasileiro.
Principais marcas chinesas no Brasil (e seus destaques)
BYD — o gigante elétrico
A marca BYD (Build Your Dreams) é, provavelmente, o caso mais emblemático da presença chinesa no Brasil. Em 2024, foi reportado que a BYD detinha mais de 60% do mercado de veículos elétricos no Brasil.
No primeiro trimestre de 2025, a BYD registrou crescimento de 43,3% nas vendas de híbridos e elétricos no Brasil em relação ao mesmo período de 2024.
Destaques de modelos:
BYD Dolphin (compacto elétrico)
BYD Song Plus (PHEV)
Modelos futuros com produção local em Camaçari (BA), com meta de 50.000 unidades em 2025.
O que isso significa para o consumidor: acesso a tecnologia de ponta, autonomia relevante, recursos de conectividade e competitividade de preço. Porém, atenção aos custos de manutenção e infraestrutura de carregamento.
GWM — mobilidade híbrida e elétrica de volume
A marca GWM (Great Wall Motors) também vem acelerando no Brasil. Em 2024, vendeu cerca de 29.218 unidades, tendo crescimento de 154% em relação a 2023.
Os modelos são híbridos e eletrificados, como o Haval H6 HEV/PHEV, e a montagem local em Iracemápolis já está em andamento.
Por que se destaca: oferece SUVs volumosos, híbridos leves ou plug-in, com apelo premium e tecnologias modernas. Pode ser uma opção para quem quer SUV grande com motorização híbrida.
Chery / CAOA Chery — preço agressivo e aceitação crescente
A marca Chery, por meio de sua representação no Brasil com a CAOA, caminha como uma opção de custo-benefício. As buscas por carros chineses no Brasil apontaram que a Chery teve crescimento de cerca de 24,7% nas buscas em 2025.
Destaques:
Tiggo 5X, Tiggo 7 PRO
Preços competitivos, peças de reposição mais acessíveis e rede de atendimento crescente
Marcas emergentes e as que chegam em 2025
Além dessas três, outras marcas chinesas planejam entrar ou ampliar sua presença em 2025-26:
GAC — já iniciou vendas de EVs e híbridos no Brasil, e busca instalar fábrica até 2026.
Omoda e Jaecoo — sub-marcas da Chery com forte foco jovem e elétrico.
Outras marcas prometidas: Zeekr, Leapmotor — trazendo modelos mais premium ou compactos acessíveis.
Essas chegadas aumentam a competição e dão ao consumidor mais opções em eletrificação e SUV.
O que as marcas chinesas entregam: tecnologia, preço e vantagens
Preço competitivo
Uma das vantagens mais visíveis das marcas chinesas no Brasil é o preço agressivo em relação às concorrentes tradicionais, especialmente em modelos eletrificados. Estudo apontou que marcas chinesas conseguiram oferecer EVs por valores significativamente menores, aproveitando escala, cadeia integrada e produção local.
Para o consumidor, isso significa: acesso a carros mais tecnológicos por valores menores do que era comum no passado para elétricos e híbridos.
Tecnologias embarcadas
Entre os recursos que se tornaram mais acessíveis com as marcas chinesas:
Autonomia maior em EVs, com baterias LFP ou químicas de nova geração.
Carregamento rápido (algumas marcas com 0-80% em ~30-40 minutos).
Conectividade avançada, funções de assistente de condução, teto panorâmico, interior digital.
Híbridos leves ou plug-in que funcionam bem em uso urbano brasileiro.
SUV, tamanho e perfil do consumidor brasileiro
As marcas chinesas também apostam pesado no segmento
de SUVs e crossovers, que dominam o mercado brasileiro. A combinação SUV + motorização híbrida/elétrica atende bem às preferências do consumidor brasileiro: posição elevada, espaço interno, tecnologia embarcada e status.
Rede de vendas e pós-venda
Para ganhar confiança do consumidor, as marcas chinesas têm investido em concessionárias, atendimento, garantia e rede de peças. Segundo estudo, marcas como BYD, GWM, Omoda/Jaecoo já operam centenas de pontos de venda no Brasil.
Desafios das marcas chinesas no Brasil
Infraestrutura de carregamento e aceitação dos elétricos
Embora o crescimento dos elétricos e híbridos seja acelerado, o Brasil ainda enfrenta desafio de infraestrutura de carregamento — o que pode frear a adoção plena dos EVs das marcas chinesas.
Percepção de marca e confiança do consumidor
Historicamente, “marca chinesa” carregava estigmas de qualidade inferior. Embora essas percepções estejam mudando, a construção de marca, reputação, pós-venda e valor de revenda são áreas que ainda exigem trabalho.
Tributação, produção local e barreiras regulatórias
Algumas marcas chinesas operam via importação, o que implica tarifas elevadas. O Brasil estuda aumentar tarifas sobre híbridos e elétricos importados (até 35%) a partir de 2026.
Produção local é uma estratégia para reduzir custo e tarifa, mas exige investimento e tempo (como o caso da BYD em Camaçari, da GWM em Iracemápolis).
Peças, manutenção e revenda
A rede de peças e manutenção ainda está em expansão. Para consumidores, isso implica que ao escolher marca chinesa deve-se verificar: cobertura de garantia, rede local, tempo de entrega de peças e histórico de revenda.
O que o consumidor deve avaliar antes de comprar um “carro chinês”
Verificar garantia e rede de atendimento
Confira quantos pontos de atendimento a marca tem em sua cidade/região, qual o prazo de garantia (algumas chinesas oferecem garantia estendida de bateria ou motorização elétrica) e se há cobertura nacional.
Autonomia, infraestrutura e custo total
Se escolher EV ou híbrido, avalie: autonomia real no Brasil, rede de recarga perto de onde você mora/trabalha, custo dos seguros, depreciação estimada — marcas chinesas oferecem bom custo-benefício, mas o consumidor deve entender seu perfil de uso.
Valor de revenda e histórico de marca
Pesquise histórico da marca no Brasil ou em outros mercados, como está sendo a aceitação, se há registros de falhas, se o valor de revenda se mantém. Quanto mais rápido a rede funcionar bem, melhor para o consumidor.
Incentivos e diferenciais
Algumas marcas chinesas oferecem benefícios extras para quem busca elétrico/híbrido: bateria com garantia, assistente de recarga, aplicativo de telemetria. Verifique ao comparar.
Modelos emblemáticos e o que está por vir
Modelos já notáveis no Brasil
BYD Dolphin – modelo que vem se destacar em vendas e aceitação do público.
GWM Haval H6 HEV – híbrido de grande porte que mistura status de SUV com tecnologia.
Chery Tiggo 5X / Tiggo 7 PRO – opção com bom custo-benefício para SUV médio.
Modelos que chegarão em 2025 e prometem
Marcas asiáticas como Omoda / Jaecoo trazem SUV elétrico jovem.
GAC prepara operação formal no Brasil com EVs importados e fábrica futura.
Ampliação da produção local da BYD em Bahia (Camaçari) e da GWM em São Paulo para reduzir custos e acelerar volumes.
Impacto no bolso do consumidor brasileiro
Preço de compra e financiamento
Com os volumes de importação e produção local, as marcas chinesas conseguem preços mais competitivos. Isso significa que, para quem financia, há vantagem em custo mensal menor ou entrada mais acessível. Comparados aos concorrentes tradicionais, o “carro chinês” oferece alto nível de tecnologia por menor valor.
Custo de manutenção e seguro
Marcas chinesas ainda estabilizam rede de peças, mas já mostram avanços. Seguro pode estar em patamar competitivo; manutenção preventiva precisa considerar sistema elétrico/híbrido, que pode trazer benefícios a longo prazo.
Depreciação e revenda
Ainda que algumas marcas estejam recém-chegadas, a tendência é que a depreciação se normalize com o tempo. Modelos elétricos/híbridos bem aceitos, de marcas de confiança, provavelmente manterão melhor valor de revenda.
Perspectivas para 2025 e além
A expectativa é que as marcas chinesas cheguem a ≥10% de participação de mercado no Brasil até o fim de 2025.
A cadeia de produção local se expandirá: fábricas da BYD e GWM entrarão em operação plena em 2025-26, o que diminuirá custos e importação.
A competição forçará marcas tradicionais a acelerar elétricos/híbridos — beneficiando o consumidor.
A infraestrutura de carregamento ainda será um gargalo, mas incentivos públicos e privados estão em expansão.
A “marca chinesa” deixará de ser estigma e passará a ser vista como opção legítima e moderna, principalmente em segmentos eletrificados.
Tabela resumo: Marcas chinesas no Brasil (2025)
🏁 Conclusão
As marcas chinesas de automóveis já não são “novidade” — são uma força em crescimento no mercado brasileiro, e essa tendência só vai se acentuar. Para o consumidor, isso significa: mais escolha, mais tecnologia, preços mais competitivos e um perfil de compra diferente para 2025.
Mas é preciso olhar com atenção: garantia, pós-venda, infraestrutura de recarga (em caso de elétricos/híbridos) e histórico da marca importam.
Se você está pensando em trocar de carro — vale muito considerar as marcas chinesas. E se estiver acompanhando o mercado automotivo — fique de olho na transformação que elas já estão provocando.
👉 Continue acompanhando o blog Montrex para mais análises de mercado automotivo, comparativos, guias de compra e tendências que vão definir o futuro da mobilidade no Brasil.


O mercado automotivo brasileiro vive uma reviravolta: marcas chinesas, há pouco consideradas exóticas ou de nicho, passam a ocupar posições de destaque, registrando crescimento acelerado e participação cada vez maior nas vendas de carros novos. Modelos como os produzidos pela BYD e GWM já são vistos com frequência nas ruas, e outras montadoras chinesas estão se preparando para chegar oficialmente ao Brasil. Dados recentes indicam que essas marcas superaram a marca de 10% das vendas de carros de passeio nacionais — algo impensável há poucos anos.
Mas por que esse fenômeno está ocorrendo? Qual o impacto para consumidores, para a indústria nacional, para o bolso de quem vai comprar carro? E quais são os modelos, tecnologias e desafios que essas marcas enfrentam no Brasil de 2025?
Neste artigo completo, vamos explicar:
O cenário atual e os números das marcas chinesas no Brasil.
As principais marcas chinesas ativas ou em entrada no país.
O que estas marcas oferecem em termos de tecnologia, preço e vantagem competitiva.
Desafios, como infraestrutura, percepção de marca e pós-venda.
O que o consumidor deve avaliar ao considerar comprar um “carro chinês”.
Perspectivas para 2025 e além.
Se você estiver pensando em trocar de carro ou simplesmente quer entender a “invasão” chinesa no setor automotivo brasileiro — este guia da Montrex vai te dar tudo o que você precisa saber.
O cenário das marcas chinesas no Brasil
Participação de mercado e crescimento rápido
Nos últimos anos, o avanço das marcas chinesas no Brasil saltou de discreto para expressivo. Por exemplo: entre janeiro e agosto de 2025, as marcas chinesas já registravam cerca de 11% de participação nas vendas de carros de passeio novos no país.
Em 2024, foram vendidas 125.624 unidades de veículos elétricos e plug-in híbridos no Brasil — um crescimento de quase 140% sobre o ano anterior. Desses, as marcas chinesas têm participação dominante.
Além disso, as buscas online por “carros chineses no Brasil” aumentaram mais de 50% em um único ano (março 2024 → março 2025). A BYD liderou com +134% nas buscas, seguida pela GWM com +88%.
O que explica esse crescimento
Entre os fatores que explicam esse crescimento acelerado estão:
Preço competitivo combinado a boas especificações técnicas — especialmente em veículos eletrificados ou com recursos de conectividade. Exemplos de estudo mostram que marcas chinesas conseguem ofertar EVs por valores mais baixos que concorrentes ocidentais.
Estratégia de entrada agressiva no Brasil, com importações, parcerias e planos de produção local. A marca GWM, por exemplo, prepara fábrica em Iracemápolis (SP) para produzir modelos híbridos e elétricos no curto prazo.
Mudança no perfil do consumidor: maior aceitação de elétricos e híbridos, necessidade de inovação e desejo de novas tecnologias elevando o interesse por marcas “novas”.
Rede de concessionárias em expansão, comunicação digital forte e campanhas de marketing que ajudaram a construir confiança no consumidor brasileiro.
Principais marcas chinesas no Brasil (e seus destaques)
BYD — o gigante elétrico
A marca BYD (Build Your Dreams) é, provavelmente, o caso mais emblemático da presença chinesa no Brasil. Em 2024, foi reportado que a BYD detinha mais de 60% do mercado de veículos elétricos no Brasil.
No primeiro trimestre de 2025, a BYD registrou crescimento de 43,3% nas vendas de híbridos e elétricos no Brasil em relação ao mesmo período de 2024.
Destaques de modelos:
BYD Dolphin (compacto elétrico)
BYD Song Plus (PHEV)
Modelos futuros com produção local em Camaçari (BA), com meta de 50.000 unidades em 2025.
O que isso significa para o consumidor: acesso a tecnologia de ponta, autonomia relevante, recursos de conectividade e competitividade de preço. Porém, atenção aos custos de manutenção e infraestrutura de carregamento.
GWM — mobilidade híbrida e elétrica de volume
A marca GWM (Great Wall Motors) também vem acelerando no Brasil. Em 2024, vendeu cerca de 29.218 unidades, tendo crescimento de 154% em relação a 2023.
Os modelos são híbridos e eletrificados, como o Haval H6 HEV/PHEV, e a montagem local em Iracemápolis já está em andamento.
Por que se destaca: oferece SUVs volumosos, híbridos leves ou plug-in, com apelo premium e tecnologias modernas. Pode ser uma opção para quem quer SUV grande com motorização híbrida.
Chery / CAOA Chery — preço agressivo e aceitação crescente
A marca Chery, por meio de sua representação no Brasil com a CAOA, caminha como uma opção de custo-benefício. As buscas por carros chineses no Brasil apontaram que a Chery teve crescimento de cerca de 24,7% nas buscas em 2025.
Destaques:
Tiggo 5X, Tiggo 7 PRO
Preços competitivos, peças de reposição mais acessíveis e rede de atendimento crescente
Marcas emergentes e as que chegam em 2025
Além dessas três, outras marcas chinesas planejam entrar ou ampliar sua presença em 2025-26:
GAC — já iniciou vendas de EVs e híbridos no Brasil, e busca instalar fábrica até 2026.
Omoda e Jaecoo — sub-marcas da Chery com forte foco jovem e elétrico.
Outras marcas prometidas: Zeekr, Leapmotor — trazendo modelos mais premium ou compactos acessíveis.
Essas chegadas aumentam a competição e dão ao consumidor mais opções em eletrificação e SUV.
O que as marcas chinesas entregam: tecnologia, preço e vantagens
Preço competitivo
Uma das vantagens mais visíveis das marcas chinesas no Brasil é o preço agressivo em relação às concorrentes tradicionais, especialmente em modelos eletrificados. Estudo apontou que marcas chinesas conseguiram oferecer EVs por valores significativamente menores, aproveitando escala, cadeia integrada e produção local.
Para o consumidor, isso significa: acesso a carros mais tecnológicos por valores menores do que era comum no passado para elétricos e híbridos.
Tecnologias embarcadas
Entre os recursos que se tornaram mais acessíveis com as marcas chinesas:
Autonomia maior em EVs, com baterias LFP ou químicas de nova geração.
Carregamento rápido (algumas marcas com 0-80% em ~30-40 minutos).
Conectividade avançada, funções de assistente de condução, teto panorâmico, interior digital.
Híbridos leves ou plug-in que funcionam bem em uso urbano brasileiro.
SUV, tamanho e perfil do consumidor brasileiro
As marcas chinesas também apostam pesado no segmento
de SUVs e crossovers, que dominam o mercado brasileiro. A combinação SUV + motorização híbrida/elétrica atende bem às preferências do consumidor brasileiro: posição elevada, espaço interno, tecnologia embarcada e status.
Rede de vendas e pós-venda
Para ganhar confiança do consumidor, as marcas chinesas têm investido em concessionárias, atendimento, garantia e rede de peças. Segundo estudo, marcas como BYD, GWM, Omoda/Jaecoo já operam centenas de pontos de venda no Brasil.
Desafios das marcas chinesas no Brasil
Infraestrutura de carregamento e aceitação dos elétricos
Embora o crescimento dos elétricos e híbridos seja acelerado, o Brasil ainda enfrenta desafio de infraestrutura de carregamento — o que pode frear a adoção plena dos EVs das marcas chinesas.
Percepção de marca e confiança do consumidor
Historicamente, “marca chinesa” carregava estigmas de qualidade inferior. Embora essas percepções estejam mudando, a construção de marca, reputação, pós-venda e valor de revenda são áreas que ainda exigem trabalho.
Tributação, produção local e barreiras regulatórias
Algumas marcas chinesas operam via importação, o que implica tarifas elevadas. O Brasil estuda aumentar tarifas sobre híbridos e elétricos importados (até 35%) a partir de 2026.
Produção local é uma estratégia para reduzir custo e tarifa, mas exige investimento e tempo (como o caso da BYD em Camaçari, da GWM em Iracemápolis).
Peças, manutenção e revenda
A rede de peças e manutenção ainda está em expansão. Para consumidores, isso implica que ao escolher marca chinesa deve-se verificar: cobertura de garantia, rede local, tempo de entrega de peças e histórico de revenda.
O que o consumidor deve avaliar antes de comprar um “carro chinês”
Verificar garantia e rede de atendimento
Confira quantos pontos de atendimento a marca tem em sua cidade/região, qual o prazo de garantia (algumas chinesas oferecem garantia estendida de bateria ou motorização elétrica) e se há cobertura nacional.
Autonomia, infraestrutura e custo total
Se escolher EV ou híbrido, avalie: autonomia real no Brasil, rede de recarga perto de onde você mora/trabalha, custo dos seguros, depreciação estimada — marcas chinesas oferecem bom custo-benefício, mas o consumidor deve entender seu perfil de uso.
Valor de revenda e histórico de marca
Pesquise histórico da marca no Brasil ou em outros mercados, como está sendo a aceitação, se há registros de falhas, se o valor de revenda se mantém. Quanto mais rápido a rede funcionar bem, melhor para o consumidor.
Incentivos e diferenciais
Algumas marcas chinesas oferecem benefícios extras para quem busca elétrico/híbrido: bateria com garantia, assistente de recarga, aplicativo de telemetria. Verifique ao comparar.
Modelos emblemáticos e o que está por vir
Modelos já notáveis no Brasil
BYD Dolphin – modelo que vem se destacar em vendas e aceitação do público.
GWM Haval H6 HEV – híbrido de grande porte que mistura status de SUV com tecnologia.
Chery Tiggo 5X / Tiggo 7 PRO – opção com bom custo-benefício para SUV médio.
Modelos que chegarão em 2025 e prometem
Marcas asiáticas como Omoda / Jaecoo trazem SUV elétrico jovem.
GAC prepara operação formal no Brasil com EVs importados e fábrica futura.
Ampliação da produção local da BYD em Bahia (Camaçari) e da GWM em São Paulo para reduzir custos e acelerar volumes.
Impacto no bolso do consumidor brasileiro
Preço de compra e financiamento
Com os volumes de importação e produção local, as marcas chinesas conseguem preços mais competitivos. Isso significa que, para quem financia, há vantagem em custo mensal menor ou entrada mais acessível. Comparados aos concorrentes tradicionais, o “carro chinês” oferece alto nível de tecnologia por menor valor.
Custo de manutenção e seguro
Marcas chinesas ainda estabilizam rede de peças, mas já mostram avanços. Seguro pode estar em patamar competitivo; manutenção preventiva precisa considerar sistema elétrico/híbrido, que pode trazer benefícios a longo prazo.
Depreciação e revenda
Ainda que algumas marcas estejam recém-chegadas, a tendência é que a depreciação se normalize com o tempo. Modelos elétricos/híbridos bem aceitos, de marcas de confiança, provavelmente manterão melhor valor de revenda.
Perspectivas para 2025 e além
A expectativa é que as marcas chinesas cheguem a ≥10% de participação de mercado no Brasil até o fim de 2025.
A cadeia de produção local se expandirá: fábricas da BYD e GWM entrarão em operação plena em 2025-26, o que diminuirá custos e importação.
A competição forçará marcas tradicionais a acelerar elétricos/híbridos — beneficiando o consumidor.
A infraestrutura de carregamento ainda será um gargalo, mas incentivos públicos e privados estão em expansão.
A “marca chinesa” deixará de ser estigma e passará a ser vista como opção legítima e moderna, principalmente em segmentos eletrificados.
Tabela resumo: Marcas chinesas no Brasil (2025)
🏁 Conclusão
As marcas chinesas de automóveis já não são “novidade” — são uma força em crescimento no mercado brasileiro, e essa tendência só vai se acentuar. Para o consumidor, isso significa: mais escolha, mais tecnologia, preços mais competitivos e um perfil de compra diferente para 2025.
Mas é preciso olhar com atenção: garantia, pós-venda, infraestrutura de recarga (em caso de elétricos/híbridos) e histórico da marca importam.
Se você está pensando em trocar de carro — vale muito considerar as marcas chinesas. E se estiver acompanhando o mercado automotivo — fique de olho na transformação que elas já estão provocando.
👉 Continue acompanhando o blog Montrex para mais análises de mercado automotivo, comparativos, guias de compra e tendências que vão definir o futuro da mobilidade no Brasil.
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